13/01/10

Sinopse do projecto

O projecto “Ressonâncias Urbanas” aposta na criação de narrativas sonoras interactivas, apresentadas sobre a forma de instalação, na qual o utilizador é um participante activo através dos seus movimentos. Assim, apresentamos um jogo, baseado em sons originários numa zona da cidade de Lisboa, mais precisamente em alguns espaços da Bica, criando um retrato sonoro, capaz de interagir com o utilizador.


Traçámos um percurso sonoro, capaz de levar o participante a percorrer espaços característicos da Bica. Para tal fazemos uso de uma sala escura, espacialmente delimitada por discretas luzes de presença. Pede-se ao utilizador que aí entre equipado com uns auscultadores, capazes de o imergir por completo no ambiente sonoro. Pretende-se que o participante ande pela sala, perseguindo algumas pistas sonoras que lhe darão acesso a diversas interacções.


Os ambientes sonoros são, por exemplo, o elevador da Bica, o cabeleireiro Wip-hairport, a associação recreativa, a bica grande, o Mercado da Ribeira, entre outros. Locais onde recolhemos impressões sonoras, para durante a instalação, sugerirmos ao jogador que caminhe por esses espaços fazendo somente uso da sua audição.





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Cada etapa do jogo está associada a um dos ambientes sonoros acima referidos. Cabe ao utilizador caminhar pelas “ruas sonoras” da instalação até encontrar o primeiro desses ambientes. Ao passar pelo Mercado da Ribeira, por exemplo, será convidado pela voz dos vendedores a entrar. Vozes essas que ficam mais longe ou mais perto conforme a proximidade do jogador ao espaço de interacção. Assim, que este entrar/ activar o espaço “Mercado da Ribeira”, toda a área da instalação se transforma auditivamente nesse ambiente. Para sair desta etapa de interacção e voltar à rua terá de resolver as três interacções que aí lhe são propostas: comprar peixe, fruta e legumes. Para tal terá de seguir as pistas auditivas, até os seus ouvidos encontrarem as respectivas bancas, podendo aí realizar a acção/movimento que lhe permite adquirir os produtos, resolvendo a interacção. É importante realçar que os espaços de interacção surgem no jogo segundo uma sequência lógica, só sendo possível activá-los quando a área que o precede foi resolvida. Assim, se evita a confusão total do jogador, tornando relativamente fácil perceber qual o espaço que se pretende que seja jogado.


Cada jogador conhece antecipadamente quais os movimentos disponíveis para resolver as acções, isto é, quais os movimentos válidos no jogo. Assim, o participante sabe que irá entrar num espaço de jogo, onde se pretende que encontre e resolva, através de movimentos previamente definidos, as interacções que lhe são apresentadas.


Este receberá pois um guia com os movimentos básicos de jogo, sabendo também que existe um percurso de interacções a percorrer e que a sua resolução rápida e lúdica é o objectivo deste projecto. De facto, esta “brincadeira” propõe que o utilizador descubra e resolva as interacções nela incluídas, o mais rápido possível, de modo a superar o tempo dos outros participantes. Assim que um conjunto de interacções for resolvido em determinado espaço, o jogador será recompensado com a imagem correspondente a esse espaço. Poderá contemplá-lo por momentos, despedindo-se em seguida dessas imagens com um simples adeus, partindo à descoberta dos sons de outro espaço.

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